Escrevo muito, mas no blog não costumo escrever pois o que me interessa é expressar a arte, no entanto, por detrás da arte existe um conteúdo subjacente, a arte é uma expressão que brota do fundo da alma, que por vezes escorre, explode, enfim, se expressa e acontece se associando sentimento da alma com a matéria e dessa expressão material, outras impressões são oferecidas, oferecidas ao outro como num gesto de alegria, de amor, de fé.
são reflexões que faço, mas que na verdade explodiram nas proximidades do dia em que completo 40 anos de idade com 18 anos de atuação na área da arte.
A expressão da beleza é essencial pois pela beleza a alma
contempla e torna-se também mais bela participando de sua presença.
Quando a alma vê o belo ela descobre aspectos de sua beleza
interna como as motivações que a atraem ao belo, a alma participa, desse modo,
do belo.
Por isso que a beleza no templo é importante, porque muitas
vezes quem ali está não possui uma casa bonita, mas ali no templo é capaz de se
inebriar do belo e sair de lá encantada pelo belo que a aproxima da verdade.
O mercado se apropria do belo, mas não é um belo que
expressa necessariamente uma verdade, quando a arte expressa a verdade ela está
próxima da universalidade, mas quando a beleza apenas serve ao mercado ela se
torna privada, particular, mas como tornar particular o que é universal? Parece
uma restrição, mas a verdade não é algo a ser restrito, logo, se a beleza
passou a ser restrita é porque ela perdeu sua universalidade e se a perdeu, ela
se distanciou da verdade, se tornou ilusão.
A beleza do ser religioso se expressa pelo transbordar da
alma quando toca com a verdade. Quando ela pode revelar a sua autenticidade. A autenticidade
pode também revelar o errôneo, o incorreto, mas quando o incorreto se corrige,
ou quando ele se torna capaz de transcender-se revela a beleza da conversão.
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