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Bem Vindo ao blog arte sacra funchal, com trabalhos de arte sacra de Marco Funchal em pinturas, azulejos e arquitetura. A arte sacra é uma forma de evangelização, evangelizar por meio da imagem que fala no silêncio. Agradeço pela visita. e-mail:marcofunchal@yahoo.com.br
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sábado, 14 de outubro de 2017

Arte bizantina, Βυζαντινή τέχνη

Sobre a questão da arte bizantina
A arte bizantina é muito divulgada através dos ícones, que seguem um cânone, legado por uma tradição que foi gestada no meio popular da época bizantina associando-se com a espiritualidade monástica. È natural do ser humano se encantar co o belo e considerar a beleza como um dos atributos do divino. A arte dos ícones é a busca desta beleza, de uma beleza não temporal, isto é, não cronológica, mas sim de uma beleza que se inspira no kairós, καιρός,  isto é, no tempo oportuno, que é o tempo oferecido por Deus.
O termo bizantino possui uma extensão muito ampla, portanto não oferece por si mesmo, um único sentido limitado. Por bizantino se pode entender a arte realizada na época pouco posterior ao período paleocristão, durante o império romano, tanto no ocidente, como nas catacumbas romanas, quanto na Ásia, Síria, Grécia, Egito, Capadócia,  se pode entender também como o império romano do oriente, que se cediou na cidade de Bizâncio chamada por Constantinopla, também se pode entender a liturgia oriental e as igrejas que seguem a liturgia oriental, que englobam as ortodoxas e as chamadas de uniatas.
A inspiração que a época bizantina motiva até os dias de hoje é a legada pelos padres do deserto, como Evágrio Pontico, Santo Antão, Santo Antonio do Egito, entre muitos outros, que inspiraram a vida monástica de São Bento no ocidente. O Egito foi uma das primeiras terras onde a vida monástica se estabeleceu como uma reação ao martírio e como um assumir mais profundo de uma morte das coisas do mundo para uma vida em Deus.
Os ensinamentos de Evagrio Pontico são de grande atualidade e embasaram os ensinamentos da teoria do Eneagrama, um estudo muito aplicado em empresas para exames vocacionais e utilizados por psicólogos nos dias de hoje.
Na teologia o período bizantino foi muito fértil como exemplificam os primeiros sete concílios entre eles o importante concílio de Éfeso de 431, onde se declarou o título de Teotokos à Maria, Nossa Senhora, (em gregoΘετοτόκος  "Mãe de Deus" e o importante concílio de Nicéia de 787 que sancionou a liberdade de representação da face de Jesus e de seus santos, provando que toda discussão posterior a respeito das  imagens é uma discussão que parte de homens que estão ainda necessitados de estudos teológicos mais sólidos, afinal o caminho da luz também é exigente.
A liturgia bizantina foi considerada a mais bela pelos emissários do czar russo e foi adotada oficialmente na Rússia.
Enfim aqui cabe dizer a respeito da arte bizantina, a arte dos ícones, ao contrário do gótico, do românico, do barroco, todas morreram, mas a arte dos ícones jamais morreu. O ícone recebe influências da arte renascentista e neoclássica, mas não se perdeu o caráter da técnica e de sua funcionalidade e certas regras seguidas pela tradição foram mantidas.

Pela antiguidade da técnica e pela preocupação que os iconógrafos, ( iconógrafo, εικονογράφος, quem escreve o ícone), tiveram pela fidelidade aos modelos mais antigos, pela busca de uma transparência com a teologia, o ícone se coloca, justamente por sua antiguidade, como uma arte renovadora de nosso tempo atual, o que justamente parece velho é o que renova, o que significa, na verdade, uma eterna juventude do ícone, esta eterna juventude afronta aos simples modismos condicionados pela ordem cronológica que está fadada à sua auto destruição, para anunciar um tempo em que a Verdade, o Belo possam ser próximos do Eterno.

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